domingo, 11 de outubro de 2009


O pianista.

Lembro-me de um pianista que se deixava levar uma música triste, a mais triste do seu repertório.
Era um poeta frágil e inútil com apenas um dom: poesias e tragédias.
Meu sorriso se tornava mais fácil, acoplando uma falsidade e uma ausência de vida sobre a minha face.
Lembro-me que antes de morrer o inútil poeta gravou uma imagem em seu rosto, a única alegria que presenciei.
Em seu rosto morria o seu único sorriso e que deveria morrer com ele.
Luzes se apagam, e todo o cenário é desmontado,foi mais o fim de uma tragédia e o pianista permanecia a tocar.
Tocava agora, a única melodia de amor que permitia a movimentação dos seus dedos.

Um comentário:

  1. Natália, você não sabe como tem talento.
    Estou me viciando nos seus textos, eles são demais. (Y)
    Adorei, amei, gamei *-*
    Continue assim, meu amor.
    Você é demais. E quando lançar o livro eu vou comprar. ;)

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