sábado, 8 de agosto de 2009


Incertezas desmedidas se apresentam. Incógnitas, que não sei como decifrá-las.Ao tocar na tua pele, sinto o teu corpo quente entrar em contato com o ardente sentimento dentro de mim.Em minhas veias, corre uma paixão cada vez mais pulsante e intensa.A cada segundo ao teu lado sinto-me mais dependente, e meus lábios implorando para encostar-se aos teus.Colando nossos corpos e passando noites de carícias, suspiros e corpos ofegantes, vivemos uma louca ilusão.Sonhos loucos, em loucos devaneios instantes de delírio, hora de frenesi.Entoando quimeras de ritmos excitantes, para esconder uma saudade que não quero que saibas.A ilusão de que um dia posso ser só sua.A esperança de não ser só a dama da sua noite, e sim a mulher da sua vida.Preciso gritar para o mundo que preciso te amar, que preciso da tua voz para me acalmar.Preciso do teu toque aveludado na minha pele, um abraço confortante, na doçura sublime do desejo, beijando teu corpo em beijos desvairados, e sussurros soando no meu ouvido como uma doce e alucinante melodia.Continuo vagando errante nos meus pensamentos, com a ânsia de querer-te mais e mais, mesmo sabendo que você está distante.

Em um mundo Contemporâneo podemos notar a inversão de valores. Mas, quais seriam os reais valores de uma Sociedade? O capitalismo deve ser o centro de tudo? A beleza do corpo vale mais que a alma? O importante é estar acima, mesmo que para alcançar todos os objetivos tenhamos que pisar nas demais pessoas?Os honestos hoje são qualificados como imbecis. Os bons como idiotas. Os que possuem um grande poder aquisitivo como heróis. Os mentirosos como espertos. Hoje os jogos de futebol na rua foram trocados por jogos de violência no vídeo game. As bonecas por maquiagens. Vivemos em um Planeta onde trocamos um abraço por um aparelho eletrônico. Um beijo, por um recado em um site de relacionamentos. Deixamos de dar benção aos nossos pais e avós ao acordar. Deixamos nos levar pela sofisticação, em troca de abrir mão do nosso coração. Habitamos um espaço onde reina o desemprego, preconceito, violência e o egoísmo. Para ser inserido na sociedade basta apenas ter um corpo bonito com ajuda de inúmeras cirurgias plásticas, ter um carro da moda, ou ser um empresário bem sucedido. Pensar apenas no Eu, e jamais no nós. Mas , ainda somos tidos como seres ‘’civilizados’’, e temos o direito de nos acharmos um melhores que os outros. Deixamos de amar pessoas, para amar objetos. Trocamos o sentir, pelo possuir. Hoje mais vale parecer, do que ser. Hoje mais vale o dinheiro a que o amor.Hoje, não há mais a capacidade de questionarmos e tentar mudar algo que está a nossa frente. A vista de grandes mansões são favelas. Diante de carros blindados e com o vidro fosco há jovens fazendo malabarismo, ou vendendo doces na sinaleira. O que muitos acham não mais ter utilidade, para muitos é algo valioso. Enquanto muitos desperdiçam comida, outros milhares morrem de fome. Enquanto rejeitamos um abraço, muitos choram por solidão.
Enquanto achamos que nunca o mal chegará a nós, podemos receber a qualquer momento a notícia que algum parente próximo foi vítima de uma violência. Enquanto cobrimos nossas casas de muros, grades, ou cercas, muitos estão jogados na rua expostos ao frio, fome, e qualquer tipo de violência. Afinal, hoje estamos no mundo de contrastes, e o medo cerca a todos nós.Haverá um momento que a evolução se tornará retrocesso. Onde não mais seremos humanos e sim escravos de uma sociedade egoísta, egocêntrica, individualista, competitiva, gerando o fim dos sentimentos e a morte do espírito. E você, ainda irá permitir sufocar o seu próprio espaço?

Lembrei-me em uma noite sombria da minha vida. Uma época de lembranças e o misto singelo de sentimentos. Eu sentia medo do escuro, da noite, da gélida brisa que passava pela minha janela,fazendo a minha alva cortina dançar até tocar a minha pele. Cada calafrio, um gemido da minha alma. Eu me sentia só entre quatro paredes, contemplando de alguma forma a amendrontante solidão. A noite não era nada, mas também o meu tudo.Eu acompanhava algumas criaturas noturnas. Pássaros acalentando-se nas folhagens, outros buscando silenciosamente suas presas. A noite era o poema das minhas angústias, a libertação da minha alma. Depois de penetrar o mais escuro do meu ser, eu adormecia ouvindo o tic-tac do relógio soando em meus ouvidos como uma alucinante sinfonia. Eu apenas esperava o ansiosamente o brilho imponente do majestoso Sol.

Ao nascermos choramos por visarmos o imenso palco de insanidade que se chama a humanidade. Na infância aprendemos a engatinhar e logo a nos mantermos em pé no chão. Aprendemos a falar. Involuntariamente amamos, choramos ao sentir dor, e rimos ao sentir o imenso prazer que é a felicidade. Aqueles colegas de classe com o passar do tempo se tornam amigos, os mais puros e sinceros votos de amizade. Aprendemos a conviver, a aceitar, a mudar. Aprendemos a apenas oferecer sem pedir nada em troca. Aprendemos que ninguém pode viver só. Que a distância causa sofrimento, jamais separação. Aprendemos que divergências fazem parte das melhores famílias, mas quando há o amor, para tudo se tem uma solução. Sabemos que palavras podem ser atiradas ao vento, e cravadas no coração. Sabemos que os amigos, são a família que Deus nos deu a oportunidade de escolher. Eu aprendi que a amizade é o elo para a minha ponte da felicidade, a família os protagonistas da minha história, os sentimentos todo o cenário e os amigos... São simplesmente a força que me faz querer ir adiante, a buscar os meus sonhos, os meus desejos. São aqueles que choram pela minha derrota, e vibram com a minha felicidade. Acabei aprendendo que um dia aprendi a falar, por saber que em muitos momentos eu teria que me calar. Aprendi a manter os meus pés firmes no chão, pois muitas vezes eu iria cair em fossas. Aprendi que as lágrimas seriam as protagonistas da minha dor e o sorriso a prova mais sincera da minha alegria.