sábado, 8 de agosto de 2009


Lembrei-me em uma noite sombria da minha vida. Uma época de lembranças e o misto singelo de sentimentos. Eu sentia medo do escuro, da noite, da gélida brisa que passava pela minha janela,fazendo a minha alva cortina dançar até tocar a minha pele. Cada calafrio, um gemido da minha alma. Eu me sentia só entre quatro paredes, contemplando de alguma forma a amendrontante solidão. A noite não era nada, mas também o meu tudo.Eu acompanhava algumas criaturas noturnas. Pássaros acalentando-se nas folhagens, outros buscando silenciosamente suas presas. A noite era o poema das minhas angústias, a libertação da minha alma. Depois de penetrar o mais escuro do meu ser, eu adormecia ouvindo o tic-tac do relógio soando em meus ouvidos como uma alucinante sinfonia. Eu apenas esperava o ansiosamente o brilho imponente do majestoso Sol.

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